22 março, 2010

Este cantinho tem andado adormecido, demasiado até. Viu algum do seu espaço ser roubado por outras plataformas de comunicação mais imediata, e mais parva. Mas não é esse o único motivo, há mais, e mais sérios. O blogue acaba por reflectir o "status quo" da vida de quem nele escreve, pelo menos essa seria a minha ideia. Eu quero escrever, só não sei muito bem sobre o quê. E não é por falta de assunto, é por muitas vezes me interrogar até que ponto se devem partilhar coisas num espaço destes. Até que ponto é idiota desabafar, não sabendo bem quem vai ler, e com a clara sensação que partilhar demasiado do que são os estados anímicos, acaba por ser pateta. Mas lá que sabe bem, sabe. Há algo de confortável no silêncio das palavras que se partilham via internet.

Diria até que pode ser uma boa forma para quem é demasiado autoconsciente, e autocrítico, tentar aprender a lidar com isso, partilhando coisas que são suas, por mais insignificantes que sejam, tentando não ser cerceado por características tão autodestrutivas, asi lo creo yo. (Assim termina o meu plafond de expressões começadas por "auto")

É esse um dos desafios que tenho pela frente, nos dias que correm. Tentar não ser a minha própria kryptonite. É chegada a altura de perder alguns tiques, baixar algumas defesas que no fundo não servem para rigorosamente nada, a não ser não arriscar, a todos os níveis. Todos.

E com isto entenderá o meu caro leitor, qual o estado de espírito reinante. Ora aí está uma primeira partilha.
Sigamos então, um passinho de cada vez, sem olhar para trás.

15 março, 2010

Não tenho muitas certezas na vida, excepto uma: Quando uma coisa corre mal, correm mal mais duas ou três.
Não há hipótese, sempre assim foi, e sempre assim será.