06 agosto, 2009

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Nunca fui adepto de citações, e quando entrei no mundo idiota do hi5, apercebi-me da enorme dimensão que o fenómeno atingiu. Em particular para o público feminino. Vou citar (eheheeh) umas quantas frases feitas, repetidas até à exaustão, pelas mais variadas pessoas, que o fazem sempre com o orgulho de quem teve uma epifania genial.

"Pedras no caminho? Um dia vou construir um castelo." Yeah, right.

"O que amo deixo livre, se voltar é meu, se não, é porque nunca foi." Laaaaaame.

"O verdadeiro amigo não é o que coiso, mas o que renhau nhau"

E pronto, não me lembro de mais. Mas que as há, há.

Haverá alguma forma mais evidente de passar um auto-atestado de pessoa pouco interessante?

A rede social hi5 é provavelmente o formato mais rasteirinho, e sleezy da internet. Basta reparar na nacionalidade de 90% dos utilizadores. É no entanto, uma fenómeno sociológico deveras interessante. Perdendo algumas horas a surfar por lá, (confesso que em tempos idos o fiz), descobrimos muito sobre o nível de iliteracia, egocentrismo e outras virtudes, que caracterizam a nossa juventude/jovens adultos.

Boas gargalhadas dei eu a ler comentários deixados por predadores cheios de estilo, em fotos de gajas que pediam isso mesmo. Um exemplo desta interacção, (imaginado...):

Uma foto de uma fulanita, quase toda nua no quarto a fazer pose sensual (ou posse, como li amiúde), com a legenda "Estava distraída" ou "a dormir". Como se não fosse estupidamente óbvio que de espontânea a foto não tinha nada. Ah, foto essa que estaria num álbum de nome: "Simplesmente eu" (o meu favorito absoluto).

Por baixo da foto, comentários (totalmente fictícios...errr) do género:

"Deus quando te fez partiu o molde"

"Xé és bem doxe"

"Que mamas, cumiate ese cú todu"

A parte mais engraçada? Elas aceitam tudo.

Bom, por ora é só. Eu prefiro o Facebook, é mais clean. No hi5 parece que posso apanhar doenças tramadas só por fazer login.